sexta-feira, 13 de julho de 2007

Suffocare momemtaneu

O simples juízo que tenho agora, e que quero para mim mesmo é: Manter-me no silêncio da paz.
Eu sei que é difícil, agonizante e de tamanha grandiosidade, isso que está me perseguindo há bastante tempo e que não é uma luta apenas dele, mas de todos que sensibilizam-se ao ver um ser humano sofrer tamanha dor. Eu sei que muitos falam ser o que poderia estar predestinado, mas não entendo. Tenho a rústica ideologia de não entender à essa questão, pois, quereria apenas fazer amortecer essa dor que tanto surge em mim e ressurge nele.

Foram horas de apreensão, momentos que só eu pudera entender e conciliar na minha mente. Faria tudo e mais um pouco para esgotar qualquer interrupção de sua alegria, pois amo-o de tal forma que nem mesmo sei expor este sentimento. Viajo sempre, mas quando chego a nossa cidade, prontamente no mesmo dia vou de encontro. Não percebo o tempo passar quando eu estou a serviço do amor - principalmente quando chega-se a noite e permaneço como se fosse um familiar de tão forte aproximação - e sinto que meu dever é permanecer do lado onde gera o amor. Eis-me aqui, Senhor. Estou no momento único e inédito do ser humano.

Quem sabe se eu estou tocando na tessitura do amor? E é este o amor que surge e é verdadeiro! Claro... Por passar nos sentidos e muito antes disso.. Eu estou vendo, tocando, envolvido pelo profundo amor. É daí que nasce este tão estimado valor. Posso dizer que o que tenho em mãos - e está não são apenas mãos carnais, mas as próprias mãos do espírito, onde há de vir toda a concetração verdadeira de qualquer essência -, a beleza do amor natural. E reforço dizer que o amor não nasce de um relacionamento que possa trazer prazer.. mais muito antes do relacionamento que proporciona vida, resgate, felicidade, esperança.

Como se eu estivesse decompondo-se no vento que abranda meu semblante fustigado de tantas lutas, mas nunca cansado desses pequenas batalhas, muito embora sejam, elas, grande demais para o meu ser, mas não dou meu braço a torcer, pois o amor é muito mais forte e compreende de força inexprimível. Posso ver a minha frente o verdadeiro segredo do íntimo humano, algo que nunca fora revelado e que hoje posso manter o contacto espiritual. Descobri o amor, mesmo na aflição, desilusão, mesmo nos momentos tão dilaceradores que corrói meu coração de tristeza, posso achar a saída, posso achar a chave que abrirá todas as janelas, portas, vasculhantes e deixará brilhar a luz da salvação.

Quem sabe se eu falasse a ele tudo o que agora eu sei. Isso era substancialmente importante e incitaria-o a manter-se a admirar tamanho tesouro. Aliás, se fosse dividir este ''bem'', seria com ele, pois ele me fez descobrir e nada mais justo que dividir equitativamente com ele. Seria recto com ele, pois fora comigo. Por um instante me desprendi do mundo carnal e viajei léguas para outras dimensões. Aquilo que se passará com ele era momentâneo, nunca seria eterno. Levaria consigo a lição da vida, as falhas, os acertos, as visões, os prazeres. Isso era fantástico. Sua dor amortecera, não mais poderia doer, por ter encontrado juntamente comigo o nome total do amor. Isso se chamava vida, também. Amor e vida, Vida e amor.

Pulsante ligação interminável e insubstituível. Servir-nos-ia de antídoto, mas de uma forma singular e natural. Oh Deus, que seja feita a Tua vontade acima de tudo, mas ele precisa de nós e sempre estaremos ao seu lado, não importa onde estejamos. Isso não acabaria com o desterro, pois seria a partir daí que efetivamente ele se refugiaria em nós, e nós o acolheríamos. Sempre estaremos ao seu lado.

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Quem sou eu

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Nasci em Recife, mas logo fui morar na cidade da Vitória de Santo Antão. Hoje, aqui, sinto que é uma particularidade íntima. Esse meu viver, minhas afinidades com essa cidade, transporta-me a outros mundos.''Sou a fusão do adulto maduro e o menino tenro''. ''Cogito ergo sum'' Escrevo desde os 16 anos e descobri na escrita um pedaço de mim, uma ânsia ardente e gostosa. Não reviso meus textos. Escrevo contos, romances, novelas etc.