quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Eis que me deparo.

Encontrar alguém especial é perempetóriamente a melhor forma de dar continuidade a felicidade clandestina - até então dita desta forma por mim, e há quem saiba a que me refiro. Mas o que se pode dizer a cerca dessas felicidades que encontramos ao longo de nossa jornada, é que muitas vezes uma coincidência pode-se pôr de anteparo e aturdir-nos. O que estou passando é uma forma inexplicável de interconexão hermética. De certa forma, vejo-me num caminho compreendido até que quando ouso ir mais além, perco-me perdidamente e nem sei mais o que se fazer com relação ao que idealizava. É como já se dizia: '' um contentamento descontente.'' Estou procurando e não consigo achar. Será que possuo a dupla felicidade, donde nela posso assegurar uma gama de frustrações que são perpassadas por mim, neste instante? Até ao ato de escrever é possível notar a confusão e uma incógnita viva que se alastra a cada partícula infinitesimal de segundo, fazendo-me vezes regredir, vezes avançar. E a felicidade consiste numa dupla aparência, com o mesmo valor, mas fisionomias diferentes. Com lugares de lacunas ainda não preenchidas. E essa minha latência em saber desvendar o que de fato é certo, pode-se alterar o sentimentalismo daquela pessoa que espera para alguma coisa? Não sei mesmo o que fazer para amenizar tamanho inesperado produto de vivência... Talvez tudo possa se compreender com o tempo. E longa atitude a longo tempo. Se o jeito para não enjeitar é esperar, que espero ansiosamente para não perder o que para mim está a se assomar. Vou tentar ser o mais sutil e brando possível.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A possibilidade.

É nos contrastes da vida que encontramos o sentido reto para as coisas. Eu estava caminhando na rua quando por um instante despercebido colidi com outra pessoa que vinha as pressas. Minha cabeça estava baixa e não saberia me nortear até que levantei-a e vi uma menina tombando para trás. Redimiu-se e olhou abstratamente para mim como se quisesse ver-me a fundo. Percebi que era algo sublime ver aquele olhar que me enchia de felicidade. Novamente pediu-me desculpas até eu dizer-lhe que estava tudo bem para mim. Perguntei se havia se machucado, ela disse que não chegou a tanto, com um sorriso aplacado e sutil. Pontencialmente era gradativa a minha pressão arterial. Eu sentia algo peculiar dos momentos saborosos da vida. Algo que era escondido e que só se assomava numa circunstância quase transcendental. A vida passava-se como se num fio tênue que só poderia ser visto com algo interior. O olhar, o sorriso, tudo me fazia bem. Ficamos momentos em silêncio profundo, até eu perguntar-lhe como era seu nome. Respondeu-me com alegria que se chamava Isobel. Fiquei pasmo e a contemplar um nome diferente numa pessoa diferente. Não havia como sair daquela teia envolvente de cativo único. Eu quereria conhecer mais a fundo, mas uma vergonha tomava conta de mim a cada tentativa de passo dado. Se eu permanecesse naquela inércia, ela, logicamente, abandonar-me-ia embora se eu continuasse a conversar, poder-me-ia dissipar a este acanhamento? Tentei de tudo, olhei para o céu e vi um pássaro sobrevoar-me. Aquilo me lembrou uma antiga história infantil sobre a coragem. Investi. Cheguei ao total desespero, pois por parte aquilo me apertava em incidir para um aprimoramente de conversação e a terrível timidez que permanecia em findar tudo aquilo. Mas eu me arrependeria depois e isso era ainda mais aterrador. Ela era a menina de ouro que eu procurava? Fiquei atônito e ela me perguntou se eu estava com pressa. Fiquei sufocado pela euforia e respondi que não, estava apenas divagando pelas ruas. Com um grito constante dentro de mim, ousei vencer àquilo que me ofendia externa e internamente. Você quer tomar um refrigerante e comer alguma coisa naquela lanchonete? Cheguei glorioso no ápice do contentamento. Aquilo foi um fardo sendo posto no seu devido local, com magnitude e maturidade. Desafiei o que em mim estava fortificado com fortalezas, soldados, armas e até muralhas. Foi uma experiência única e bemvinda. Fiquei a pensar naquela trajetória toda até chegar aqui. Ela aceitou e fomos lanchar. Tivemos a tarde mais agradável possível. Aprendi a conhecer alguém que em mim faltava. Ela de fato ela, a pessoa a quem procurava. Tudo se tornava firme a cada delinear de palavra dado por ambos. O sentimento era mútuo. Felicidade era constante e o contentamento permanente. Mas o mais incrível é que sou galante, modéstia parte. Sou famoso por ficar com inúmeras mulheres, ter atitudes de jeito para conseguir àquelas que são formosas e muitas vezes agia pretensiosamente. Nunca hesitei em falar a nenhuma mulher o quão queria tê-la em meus lábios, em pegá-las, - e isso, atribuía de forma clara e coesa para muitas, por serem acometidas muitas vezes a condecorações como esta, sarcasticamente -, mas isso se concretizava quando eu estava na minha vida a qualquer momento e não sei porquê foi diferente com Isobel? O amor alterou-se? A forma como amar se manifesta diferentemente para cada pessoa? E por que diferentemente, se com todas eram a mesma coisa, não havia vergonha nem nada? Mas eis que descubro a essência fundamental das coisas. É amor que sinto pela Isobel, coisa de abrupto. Coisa que nunca senti antes, tudo é possível quando se tem a vertente de um começo de alguma coisa. Se nunca tive o amor, foi-me dado um dia em que o tive e o tenho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

De tanto ver preconceito.

Não posso deixar de mencionar a questão do preconceito. De que adianta haver tantos na nossa Era? Uma modernização e ao mesmo tempo uma padronização na estaticidade do arcaico. Por que de um lado muitos aderem a tecnológia, aos modos de encarar a vida, numa forma mais adequada e até mais inteligível, e essas mesmas pessoas não suportam determinadas condutas - o que para mim, chamam-se culturas diversas. E ficam subestimando àqueles que, por haver tanto preconceito, tornam-se minorias. A igualdade fisiológica, biológica e etc não é suficiente para as pessoas? Eu queria saber ao certo, até que ponto, é necessário para que haja a integração entre as pessoas. E mesmo àquelas que dizem que não são preconceituosas com a diversidade das coisas, estão ocultando o que de princípio chama-se preconceito velado. Onde ao deparar-se com uma situação da qual ela não poderia negar a sua espeficidade, acaba fazendo o contrário, por estar inclusa num grupo seleto da sociedade, ou por àquele grupo possuir uma forma formal de interagir. É bem interessante o valor da mentira. A negação de certas ações ou ideologias era o que deveria termos em vista. Eu suponho que a vida continuará do mesmo jeito, contendo mentiras, irregularidades etc. Mas não vai poder continuar assim, sendo de uma forma clara e estúpida, a essa questão de preconceito. São eles, os preconceituosos, pobres de espírito e fracos no esplendor da felicidade. São, eles, problemáticos e irreais. Não conseguem enxergar além do seu nariz, por estar anexado ao seu rosto mesmo e também pela sua insuficiência de produtividade no nível abstrato de inteligência. São porcos e desvairados, com desígnios que não se pode cogitar, por sua flamula de desavenças. Que apareçam os intrépidos, impávidos para que dissipem essa ideologia enraizada na mentalidade brutal e desconexa desses seres susceptíveis a indignidade. E ao preconceito velado, que seja, mas que apareçam e assumam a sua circunstância. Que sejam destemidos e mostrem onde é que estão, por vezes, esses são mais perniciosos que os demais. E deixo a deleitar-se com as palavras, que elas façam um rebuliço no interior e exterior.

Quem sou eu

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Nasci em Recife, mas logo fui morar na cidade da Vitória de Santo Antão. Hoje, aqui, sinto que é uma particularidade íntima. Esse meu viver, minhas afinidades com essa cidade, transporta-me a outros mundos.''Sou a fusão do adulto maduro e o menino tenro''. ''Cogito ergo sum'' Escrevo desde os 16 anos e descobri na escrita um pedaço de mim, uma ânsia ardente e gostosa. Não reviso meus textos. Escrevo contos, romances, novelas etc.