terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O que preciso.

Tá combinado, vou dizer o que preciso de fato. Na verdade, tudo começa quando começa alguma coisa de abrupto em nossas vidas. Estamos no mundo, às vezes, à devira, noutras com a imensidão em nossa volta, sendo cincundados pelo que há de mais misterioso embora sem sabermos como nos nortear. Numa dessas hipóteses, somos, sortudamente, acertados por uma intervenção não identificada, a esta, chamo-a intimamente de : O amor. Ele é audácioso, que de tão chega a ser obstinado. E muito chega a ser frustrante pela repulsa em não ir adiante com o que fora determinado. Mas saber que existe já é uma vitória e tanto gloriosa. Muitos se perguntaria o porquê de não haver retidão no amor? Ora, se é algo supranatural, a possibilidade seria que também o fosse, em sua íntegra, difícil de ser vivido. Mas na verdade, não é isso. O que falta, é lacunoso, é simplesmente a ausência de virtudes no ser. É a não compreensão dos valores das pequenas coisas, que são delas que retiramos o maior plano de vivência terrena e celeste. É dar à quem precisa, a precisão do fato. Eu quero meu amor do jeito que ele é, da forma que me convém amá-lo e quero a sua compreensão, pois assim extraí-se a síntese fundamental da vida. E poucos a tem, por ser algo infinita e profundamente escasso, difícil. Mas o que torna-se difícil é a presença do entendimento do mais aparentemente banal, nas nossas vidas, o que não é usual. Que nesse ano novo, siga-se com a interpretação do mais rústico, do mais cafona, do mais meloso. É surgindo disso que temos a plenitude de um amor sem precedentes! Um amor em sua totalidade único, íntimo e intenso.
Sabe-se que o tempo é favorável, até quando utilizamos muito de sua paciência. Que sejamos reticentes, autênticos, desinibidos, falantes e muito apaixonados. Pois só com essas qualidades do amor é que conseguimos reunir o impávido eixo da felicidade que é seguro pelo amor e sabedoria. Onde ambos se unem, sem exclusão de nenhum deles. Mas uma mútua avença para tocarmos na tessitura do viver!

sábado, 25 de outubro de 2008

Do ridículo ao lúcido.

O dia não significa o fato. Mas influência de alguma forma - esta não sei dizer, mas sei que existe. E como entender algo que não sabe descrever, mas existe de um determinado jeito. E a forma de existir se concerne a quê? é mera abstração do étereo ou devaneio terreno ou até a impercepção do real? Tratamos disso em outra hora, mas refiro-me muito anterior ao ato da coisa. A discussão se enraíza na disputa inexistente de alguma coisa. Oras, se há, abertamente um enfrentar, que seja correspondido de necessário. O que há é a falta de especulação e que gera numa apatia de ambas as partes. Fui alvo, hoje, e não representa um desmoronamento do meu eu, entretanto, me senti um pouco à deriva de consciência. Não compreendi ao certo o que gerou a tamanha disparidade por palavras esparsas que fora soltas por mim, mas com um valor igualmente inexpressivo tanto como uma conversa informal de rotina. Não altera em nada, mas provém de uma espontaneidade e naturalidade tacanha. Agora o que acontece é que muitos estão a flor da pele e transporta uma natureza pura e intacta num turbilhão invadido pela própria natureza. Como se um furacão passasse arrastando tudo o que poderia ser natural e o transformasse numa cadeia de reação que serviria ao sujeito a quem se contactava. Ou melhor dizer, como que se de um elemento natural fosse estraído o ópio que causaria destruição em outrem. Fiquei pasmo com tamanha reação que emergiu de lacunas e foi-se abundantemente sobre mim... Isso seria falar em parábolas? E a isto se dirigia essencialmente o medo de ser autêntico e sem objetividade? Não.. acredito que não. A falta de objetividade não me é propícia nesse momento. Até porque ser objetivo é entender e pronto, por mais que se perpasse por outras palavras. Mas é na subjetividade que encontramos um pensamento diferenciado. É aquilo que se interpreta de forma peculiar e por alguém destemido a ponto de expressá-la. E se me disserem que a subjetividade é falar demais, por tantas palavras desusual... Mas entender o do que se trata. Direi: Então, a subjetividade é parte integral de uma objetividade plena. Acho que está dirimido.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um resfôlego no real.

Este texto segue em dedicatória para Carla, Vanessa, Jaelson, Hallan e Marcos. Às vezes existe coisas que são respostas para a nossa mais contundente pergunta. Prefiro chamar de coisa e não de próprias e meras respostas, é o mais. É o que ainda não se define, porém ampara e salva.
Disse-me uma vez: É melhor ser amado e aprender a amar do que amar sem ser amado.
Que peso, que frase! Substancialmente é um alicerce para a maior construção existente e fundamental para qualquer ser. O que é aprender a amar? Até que ponto essa informação nos transparece pertinente? Eu entendo que pode até ser uma confusão balbuciante em cada íntimo de nós, mas é algo seríissimo e de estranheza não revelada. Amar alguém é fato inexistente. Não amamos, apenas nos apaixonamos e por até 3 anos - segundo alguns psicanalístas - se perdura essa paixão ardente que sofre decadência nesse período longíquo - se o caso for, não sendo findada antes desse tempo. E com relação a amar, vivenciamos a inconsequência de algum dos dois por não dar certo o relacionamento. E colocamo-nos numa situação de julgador ou condenado. Ou fui eu quem errei ou foi a outra quem errou. Seria uma forma medíocre e um infortúnio desvairado que prentende dissipar a capacidade de entender o que não é inteligível apenas pelo intelecto. É um juízo de valor inestimável e serve para norteamento de qualquer um que queira saber mais do possível. É um quase tocar na tessitura da vida. É saber que o bom maior é se doar, retoma-me a humildade, porque, a mim, por exemplo fala sobre se doar, tacitamente, onde o fato de aprender a amar é se doar pelo outro para que haja a integridade plena de uma existência parcimoniosa. Não adianta a gente invarialvelmente tentarmos encontrar pessoas diferentes na vida, que possam, pela aparência física e pela pouca sabedoria que tivermos dela interior, fazer parte de nossos corações. Eu tenho minhas lamentações e frustrações por pensar nas garotas que, a mim, serviriam de manifestação de harmonia - mas não foram. Embora eu tenha aprendido a amar incondicionalmente pessoas que um dia já fizeram parte de mim, no meu imaginário irreal e na âmbito do passional que outrora subsistiu em mim. Pelo menos a uma delas. Queria informar-lhes que é preciso sabermos aprender a amar a outrem, só assim desenvolveremos a virtude do amor. E não são todos a quem possuem.. São para poucos... E o mundo está manchado pela preconceituosa e deturpada forma de amar. Pois a mim é diferente, amo e amo sim! Aprendi a amar e passar por cima de todas àqueles que querem dissipar esse amor imensurável.. É amor mesmo.. aprendido, aprendendo e sobressaindo-se diante do impasse e da arrogância do ser humano. Posso dizer, àqueles que acham esse texto de qualquer forma, fora da possibilidade cogitada, e por assim dizer diferentemente do habitual e estranho por consequência. Posso assegurar com a mais branda simplicidade que a vida se faz disso. E sou feliz, sim.
Aos meus amigos,
Carla, Vanessa, Jaelson, Marcos e Hallan... Amo vocês!!
Amo cada um de vocês... Aos outros, aprendam a amar...
''Give ask nothing in return''

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O tempo do tempo.

O fim de tudo foi quando me reconheci. Eu estava sentado numa sala, retraído, absorto e de repente, repentinamente, coisa que só a realidade pode dizer a cerca de duas vezes o normal do que se repete. Mas, voltando a realidade, saindo-se da redundância abstrata. O fato de estar sentado, no sofá, a espera já era uma forma sólida de uma reconciliação. Era o momento certo, cheguei na casa daquela que me fez alvorecer por diversas vezes, onde meu coração encontrava-se na noite, soturno e que amanheceu, brilhante como uma luz vívida e apaziguada. Eu lembrava de muitos momentos, até porque seria uma falta de personalidade esquecê-lo. Por mais que a situação fosse controvérsia, por mais que estivéssemos distantes interior e geograficamente. Mas nesse momento de espera já se concentrava em mim uma forma calma e alegre, até porque haveria uma conversação fraterna para a resolução do que antes não o fora. O tempo escorria dos relógios e da vida. O que sentia, também. Às vezes me dava uma ânsia de voltar atrás e não ter falado com a mãe dela, a espera me desespera. Isso muitas vezes acontecia comigo, na verdade, pelo transitar do tempo em minha vida, entre o fato e a espera. Algo sublime me empenhava para manter-me naquela posição, como se honrasse a própria vida - isso, digo com precisão, pois subentende-se que o sentimento, amor, paixão, carinho por sua própria natureza já faz parte da vida e é interessante a relação que isso impulsiona no próprio carácter de viver. Olhando a casa - à toa - vejo uma foto, marcante. Era a foto que eu tinha tirado, não tinha, a mim, na imagem, mas havia certa conveniência dela ter colocado-a em um dos móveis da sala. Era uma vitória antecipada, pelo menos ela não seria inflexível. Ou quem sabe ela nem se lembre que fui eu quem a tirei. Olhei, - sem hesitar em recriar àquela atmosfera que outrora vivi - a lembrança era uma lembrança, um presente, uma dádiva. A música de alguma forma ecoava aos meus ouvidos, era a música do amor. Existia ainda amor naquele meu coração vagabundo que apenas queria a sua atenção. Escutei ruídos, era algo familiar e tão família que apareceu-me ela. Olhando-me com um olhar vítreo, daqueles que se indaga a presença abrupta de outrem. Olhou-me sem compromisso, um sorriso soltou. Era o começo de mim, era o começo do fato. Olhei-me por dentro, vi a necessidade de estar com ela, de tê-la comigo. Era o fim do começo, depois, muito depois foi que entendi o que significa o amor. Mas isso, foi-se depois.

sábado, 9 de agosto de 2008

Saber entender. Entender, saber.

Depoimento nunca revelado, porém escrito para uma amiga - numa das constantes situações latentes da vida rotineira de um ser passional.

E que entendamos da melhor forma e equiparável ao que nos é compatível.

''Bom, realmente esquecer um amor, pra mim, foi difícil.. Mas eu consegui, graças a Deus e a vocês, meus amigos. Saiba que o bem mais valioso na vida de qualquer pessoa, indiscutivelmente, é o amor verdadeiro que nossos amigos têm por nós. A diferença é a forma que se demonstra pelo o que é dado o nome de amor. Amar sem consequência, amar por prazer, isso é realmente uma forma inescrúpula de manifestar a desilusão na vida de outrem, mas os amigos amam porque realmente e plenamente amam, é coisa divina e constante, não se exaure, porém se expande. Amigos é para todo o sempre. Eu sou bem mais você e eu. Você e Vanessa, você e qualquer um de seus amigos. Amores passam, amizades ficam. E quem nessa vida vai dizer que sofreu por amigos? Mas há frequência de sofrer por ''amor'' - no sentido equivocado da palavra, porque sofrer por amigo, é quando se morre o nosso próprio ser e não há mais como reavivar aqueles laços. Isso é não ter/sofrer por amigos. Te amo. ''
Hoje em dia, particularmente, tenho uma opinião em processo de formação, mas que se encontra a cada vez mais residente na veracidade dos fatos. Acredito mais em mim, por mim e para mim, confio - mediante a respeitabilidade - nos outros. Assim levo a minha vida, e espero que seja assim a cada um de nós, que saibamos, necessariamente entender o mais secreto de nós mesmos, mas só se aprende pelo lado averso ao que se quer encontrar.. Mas isso deixaremos para falar noutras oportunidades.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A simplicidade

Era uma vez... e tudo se iniciou como num conto de fadas relatando o impalpável. No começo - como é de costume - tudo se interliga de forma incoerente, mas apraz. É esse sentimento que, por muitas vezes machuca o ser, pois de início se percebe uma aceitação plena de determinada coisa e depois vê-se que aquilo um dia cogitado, era nada menos que um impasse ou atitude errônea, preste a ser, necessariamente reparável. Bom, nós, no começo começamos a pensar e agir de forma livre e passional. A razão, por sua vez, e como já foi contada, perde sua razão. É uma redundância absurdamente coerente. Por vezes deixamos o lado racional da coisa para fazer pelo passional e acabamos sofrendo o passinal inimaginavelmente. Então foi que começamos a falar sobre a vida que circundava o nosso convívio, veio-me aquele impacto ao dizer-me que minha atitude a cerca do gosto musical se implicava com a rotineira tendencia populacional. Fiquei quieto por alguns instantes, não por falta de palavras, mas pela perplexidade daquela efusão de posição diante de mim e apontando-me como um ser equivocado ou fora dos padrões - e como se fosse necessário que fossem seguidos - aqueles átimos de segundos me mostraram tantas coisas que poderia ser imprescindíveis no ato daquele princípio de discussão. A princípio assenti, meneando a cabeça, numa forma de protesto na concordância daquela ríspida ilógica. Centralizei meu olhar no sibilar dos lábios que reincidiam tentando argumentar ainda mais contra meus fundamentos sensacionalistas da música - coisas que apenas eu mesmo entendo. E chegou a cerrar com a idéia seguida de afirmação que a música popular brasileira estava no seu momento mais deteriorado - isso ele tinha razão, e quanta. Por vezes pensei e iria agir pelo passional, mas como era notória aquela forma de pensamento, referindo-me ao momento péssimo da mpb no Brasil, consenti com seu diálogo que se estendeu, depois de poucos segundos fechados para mim. O meu ato era apenas o de escutar, não quereria falar nada, pois ser-me-ia inútil naquela situação constrangedora e desafectuosa. Aquela forma de falar do mais íntimo de mim mesmo, sobre a música, talvez fosse um manejo dele para me impressionar. É o que acontece sem pudor, pelas pessoas, elas atingem aos outros, para depois dar-lhes consolo. Acho isso uma forma grotesca e animal brutal. Mas eu não iria ceder aquele clímax de espontaneidade dele. Deixaria falar mais, a música era latente em mim, era apenas uma política retificadora, por sua parte. Nada de influência mística, nem imposição déspota em cima de mim, até porque já me conhecia e sabia que não cederia por conta de argumentos infundados na ridícula e resumida qualidade de oratória que ele tinha. E ainda, uma péssima forma de tentar levar-me a convencimento. Houve seu tempo, e por conseguinte, finalizou-se dizendo-me: Não vais falar nada?. Fitei-o com admiração e disse-lhe: É, indiscutivelmente a forma mais pacificadora e apaixonante que tive me minha vida, uma forma inenarrável de tentar levar-me consolo pela sua ausência de investida em mim. Se querias me ter, pelo menos nessa noite, poder-me-ia ser sincero e falar de forma clara e concisa a despeito de tudo isso. Mas a imaturidade passional fê-lo agir sem a paixão, o que é pior do que quem age racional, sem a razão.
Silêncio. Houve o silêncio, tácito ambos. Era o começo de tudo... meu coração bateu com intensidade, pensei em tê-lo machucado. Ele olhava-me com um jeito insolente e profundo. Aproximou-se de mim, a mim que não estava a espera de nada, posicionou-se frente a mim e numa atitude brava e destemida, calou-me de forma honrada com o que eu tanto o atingia - a ausência de atitude, tornara-se a presença, juntamente com o silenciar dos meus lábios. Então, entendi realmente o que se forma diante de toda a especulação alheia.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Dos trejeitos de amar

Se eu fosse alguém pragmático pelo hodierno, talvez eu fosse alguém diferentemente correlacionado ao novo. Porém, acredito, e nisso tenho força de fé e construção evidente de que a minha perspectiva de prosperidade iminente e intermitente - que seja lá de forma confidente, ou não - se dá pela junção dos tempos. Quero dizer que meu ego se dispõe do passado, presente e do que está acontecendo agora e mais um pouco a frente do que faço. É meio complicado de dizer o que significa, mas eu o chamo de um quase futuro. É como se entre duas coisas próprias, existisse uma impessoal, um ponto de ligação, uma ponte de hidrogênio. Um quase futuro é eu estar a escrever e já pensando, porém não concretizado, mas o que se pensa já dá plano coerente para o que se pode escrever, é o próprio futuro já pensado, porém não sabido. Mas é meio complicado de falar, é como se tudo estivesse interligado um ao outro e no ato de descrever uma coisa, mesmo não sabendo o futuro, o próprio posterior àquela coisa, já estivesse vivo e já transparecesse, porém eu não o visse, mas depois de tempos infinitesimais, aparecesse de forma tão familiar que se interconecta. É que acontece com os contrários ao revisar textos. Já próprio a ligação crucial que coexiste entre um trabalho e outro, entre uma palavra e sua sucessora. É como se elas fossem irmãs, inatos. Já pensou que assunto interessante, é forma vivida do pensamento realista e aprofundado, com mesclas de hermetismos. Quem sabe você, depois dessa desvairada projeção do que não existe, porém já é vivo de forma absurda, não pensa em outras coisas que levam a filosofar de forma mais hermética. De uma forma mais transcendental..

sábado, 5 de julho de 2008

A criação da coisa.

É necessário, sempre, retomarmos o que um dia foi-se constituído pelo nosso intelecto. A formação de qualquer coisa - por mais que seja pitoresca ou absurda - deve-se pelo fato do transcendente, algo que não existe, porém passará a existir. É um plano supranatural, acima do natural. É a fusão do que chamamos de inexistente - e talvez seja a alma das coisa - sobre aquilo materializado, manifestado pela condição terráquea. Toda formação nasce daquilo que chamamos de hipótese. Encontramos muitos resquícios de incerteza perante os outros, o que se distingue de prejulgarmo-nos de forma inexata e antiquada. É consternador, ao ver deles, a nossa suscinta e delicada formalização de um determinado evento, por simplesmente não ser àquilo que está impregnado na membrana intergalática e imposta deles. O que um dia tornou-se o que hoje chamamos de conceito matemático, então se dispusséssemos de uma forma contrária ao que é normal, somos subjulgados e alternadamente excluídos, dependendo do fato, de um determinado ciclo conservador e inoperante. Um ciclo que se autodestrói pelo ápice de incompetência e inflexibilidade - não confundo inflexibilidade, conservadorismo na forma correta de existir. Compreendo que aceito o conservadorismo em detrimento do novo e usual desconceitado e repugnante - dado ao concernente à música, por exemplo. É uma lógica diferente, porém, mesmo não o aceitando para mim, eu tenho a necessidade e prudência de respeito. A formalização de qualquer coisa, que pelo consciente ou inconsciente se produz, deve-se ao respeito mútuo e equalização com sucesso. Se não for dessa forma tão abrupta e constrangedora, muitas vezes, nos veríamos como meros e cavernosos idealizadores da propagação de certo aprimoramento da matéria. E como é fina e sinuosa, esta matéria.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Como...

Acho que devo falar, não, não! Certamente pela exatidão da palavra ''devo'' há-se um dever em falar. Bom, o que tenho a oferecer não tira nada de ninguém, mas preenche o que falta ou envereda para o que ainda não se tem. A vida faz valer o que se encontra diante das tentativas de erros e acertos. Queria exprimir claramente em palavras, mas por enquanto não posso, devo ser suscinto. Penetrando dentro do ego humano, encontramos muitas oscilações. Foi-me dado a virtude de adentrar em um desses e descobrir uma fita, fita não como qualquer outra, mas uma diferente. Nela se encontrava certas qualificações, talvez, quem sabe - e disto não me representa qualquer significado - atos paradoxal. Foi nesta fita que eu encontra toda a história acarretada daquela pessoa que não direi o nome. Questão ética. Ao navegar por entre o íntimo humano, pude enfrentar as piores tempestades existentes, e que, vendo-se de longe, por outro ângulo se não o de um observador, algo absurdamente sem sentindo, uma tempestade sem fundamentos, que o próprio corpo gera, quando não se tem resposta ''coerente'' para o tal, o que significa que a coerência está não na própria essência dela, mas na situação que se encontra, o que nos faz encontrar uma escandalosa multifacetada e diversa identificação, sentido da palavra, algo que se fundamente não pelo que é, mas como está, por que está, e quando está. O que nem sempre é algo necessario. Não só vi essas situações, como também vi os destroços onde ficava num local baldio, sem nenhum suporto, a ponto de desmoronar e se transformar numa verdadeira catastrófe, aquilo que não é cuidado. Surpreendi-me com tal situação e fui tentar reverter o que se passava. Não alterei nada, mas quis. Era uma força dentro de mim querendo ajudar àquele que sofria de forma tão tirana, mas sofria não com o a incidência dos outros, mas por ele próprio. Era o próprio ser ferido, marcado, desobstruído, maltratado que fazia a fantasia de um passado plenamente inexistente.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Cólera.

Estava tudo bem. Nunca mais havia se interconectado pelo aparelho móvel. Foi que, por incidência do destino, houve-se o sacolejar ao estridente toque e logo fui averiguar. Era a mesma pessoa que há tempos não me ligava. Fiquei pairante numa brisa que me envolveu de forma cativa e refrescante. Não havia nada para conversar, foi que soou uma voz dissimulada e meia rouca do outro lado. Fiquei atônito, não sabia o que falar, até que a conversa se desenrolou. Aquilo era melodramático e me fazia mal. Fiquei nauseado, até que veio o espoucar das coisas. Avisei-lhe que minha amiga ( um caso dissidente que naquele mesmo dia havia-se retificado) tinha chegado e estava ao meu lado. Por conveniência mútua, foi-me pedido o direito de falar com ela. Logicamente atendi com uma exuberante alegria em fazer uma interligação entre as partes desentendidas. Não foi o que pensei. Do outro lado, e isso conto por que foi-me contado por minha amiga, veio uma voz traiçoeira e carregada de infelicidade. Ele mostrou-a uma possível vertente que assegurava-lhe que eu seria um desastre na vida daquela menina. Que eu seria o pior pesadelo e o mais perigoso. Ela assentiu na sua conversa e deixou delinear pela voz que se fazia eletronicamente desordenada e balbuciante. Disse num tom áspero e insolente que estava percebendo que eu seria ou faria a mesma coisa e dela a mesma vítima. Tudo estava se encaixando. Aquele que um dia ousou pronunciar a palavra amigo- que na sua própria boca se desintegrou por não suportar tamanha falsidade - foi o mesmo que tentou desunir um árduo trabalho engedrado pelo tempo e só pelo tempo, capaz de ser destruído e se fosse possível ao tempo ser atribuído tamanho poder de tocar na tessitura de uma fraternidade. Uma mentalidade tacanha. Uma tediosa companhia, foi o que eu presupus naquele mesmo instante. A cólera se fez viva e eu percebi quem era o verdadeiro mentiroso! Estou satisfeito e muito feliz por minha vida ser boa e bela. Graças a Deus. Amém.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

E enfrento com todo vigor.

Tenho que dizer, isso me machuca, fica preso no meio, impedindo que o de cima desça e o de baixo suba. São tantos fatores que me levam a introduzir-me sempre nessa mesma rotina desordenada. O que penso sobre isso? A cada queda que levo, penso nisso e me re-ajeito. É como se fosse algo inexplicável, algo que só se conduz pelo coração selvagem, daquele que é capaz de suprir até o que está comprimido numa dimensão absurdamente estreita. Penso no que me aturde a cada segundo e paro. Não quero mais pensar e vejo-me de novo pensando. O que me assoma é tão confortável, penso em nunca desistir. Mas sei eu de algo que pode alterar as coisas? Queria que tudo fosse tão perfeito como as estações do ano, sendo uma compactuada com a outra e não explorada de forma desconexa e desobediente. Eu quero dizer, chegar mais a fundo, mas se eu disser, será o fechamento de meu próprio ego. E quem mais pensarei? Quero encher de beijos aquela que eu amo perdidamente. Quero mostrar o tudo e o nada, numa mística fusão que torna-se promordial para um relacionamento feliz. O equilíbrio de tudo. Que vida é essa que me prende, me rodeia, me cativa para não ir mais adiante. Para não testar o que se pode ser vivido e por meio da dúvida, da escuridão dos outros, não é formalizado, não é concretizado. Eu quero, anseio, vivo nessa duplicidade de termos. Um sim, um não. Um ponto, uma vírgula. Eis que mais uma vez me deparo, deparo-me com o que me assombra e não tenho medo, é tenebroso, aterrrador, mas não me machuca, não me aniquila. A vida é feita pelos bravos de espírito que busca a razão apraz para as coisas. E mais uma vez adentrarei no meu ego a fim de motivá-lo a reavivar todos os meus sentimentos, que são meus e não dos outros. A realidade é minha. Quero complacência, quero amor, quero felicidade. Não quero que ninguém se atreva a intrometer-se no que está predestinado a mim. E se isso for, por algum desvairado motivo, algo perturbador que seja unicamente para si, esta confusão. Não quero saber. Eis que me deparo... E enfrento com todo vigor.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Eis que me deparo.

Encontrar alguém especial é perempetóriamente a melhor forma de dar continuidade a felicidade clandestina - até então dita desta forma por mim, e há quem saiba a que me refiro. Mas o que se pode dizer a cerca dessas felicidades que encontramos ao longo de nossa jornada, é que muitas vezes uma coincidência pode-se pôr de anteparo e aturdir-nos. O que estou passando é uma forma inexplicável de interconexão hermética. De certa forma, vejo-me num caminho compreendido até que quando ouso ir mais além, perco-me perdidamente e nem sei mais o que se fazer com relação ao que idealizava. É como já se dizia: '' um contentamento descontente.'' Estou procurando e não consigo achar. Será que possuo a dupla felicidade, donde nela posso assegurar uma gama de frustrações que são perpassadas por mim, neste instante? Até ao ato de escrever é possível notar a confusão e uma incógnita viva que se alastra a cada partícula infinitesimal de segundo, fazendo-me vezes regredir, vezes avançar. E a felicidade consiste numa dupla aparência, com o mesmo valor, mas fisionomias diferentes. Com lugares de lacunas ainda não preenchidas. E essa minha latência em saber desvendar o que de fato é certo, pode-se alterar o sentimentalismo daquela pessoa que espera para alguma coisa? Não sei mesmo o que fazer para amenizar tamanho inesperado produto de vivência... Talvez tudo possa se compreender com o tempo. E longa atitude a longo tempo. Se o jeito para não enjeitar é esperar, que espero ansiosamente para não perder o que para mim está a se assomar. Vou tentar ser o mais sutil e brando possível.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A possibilidade.

É nos contrastes da vida que encontramos o sentido reto para as coisas. Eu estava caminhando na rua quando por um instante despercebido colidi com outra pessoa que vinha as pressas. Minha cabeça estava baixa e não saberia me nortear até que levantei-a e vi uma menina tombando para trás. Redimiu-se e olhou abstratamente para mim como se quisesse ver-me a fundo. Percebi que era algo sublime ver aquele olhar que me enchia de felicidade. Novamente pediu-me desculpas até eu dizer-lhe que estava tudo bem para mim. Perguntei se havia se machucado, ela disse que não chegou a tanto, com um sorriso aplacado e sutil. Pontencialmente era gradativa a minha pressão arterial. Eu sentia algo peculiar dos momentos saborosos da vida. Algo que era escondido e que só se assomava numa circunstância quase transcendental. A vida passava-se como se num fio tênue que só poderia ser visto com algo interior. O olhar, o sorriso, tudo me fazia bem. Ficamos momentos em silêncio profundo, até eu perguntar-lhe como era seu nome. Respondeu-me com alegria que se chamava Isobel. Fiquei pasmo e a contemplar um nome diferente numa pessoa diferente. Não havia como sair daquela teia envolvente de cativo único. Eu quereria conhecer mais a fundo, mas uma vergonha tomava conta de mim a cada tentativa de passo dado. Se eu permanecesse naquela inércia, ela, logicamente, abandonar-me-ia embora se eu continuasse a conversar, poder-me-ia dissipar a este acanhamento? Tentei de tudo, olhei para o céu e vi um pássaro sobrevoar-me. Aquilo me lembrou uma antiga história infantil sobre a coragem. Investi. Cheguei ao total desespero, pois por parte aquilo me apertava em incidir para um aprimoramente de conversação e a terrível timidez que permanecia em findar tudo aquilo. Mas eu me arrependeria depois e isso era ainda mais aterrador. Ela era a menina de ouro que eu procurava? Fiquei atônito e ela me perguntou se eu estava com pressa. Fiquei sufocado pela euforia e respondi que não, estava apenas divagando pelas ruas. Com um grito constante dentro de mim, ousei vencer àquilo que me ofendia externa e internamente. Você quer tomar um refrigerante e comer alguma coisa naquela lanchonete? Cheguei glorioso no ápice do contentamento. Aquilo foi um fardo sendo posto no seu devido local, com magnitude e maturidade. Desafiei o que em mim estava fortificado com fortalezas, soldados, armas e até muralhas. Foi uma experiência única e bemvinda. Fiquei a pensar naquela trajetória toda até chegar aqui. Ela aceitou e fomos lanchar. Tivemos a tarde mais agradável possível. Aprendi a conhecer alguém que em mim faltava. Ela de fato ela, a pessoa a quem procurava. Tudo se tornava firme a cada delinear de palavra dado por ambos. O sentimento era mútuo. Felicidade era constante e o contentamento permanente. Mas o mais incrível é que sou galante, modéstia parte. Sou famoso por ficar com inúmeras mulheres, ter atitudes de jeito para conseguir àquelas que são formosas e muitas vezes agia pretensiosamente. Nunca hesitei em falar a nenhuma mulher o quão queria tê-la em meus lábios, em pegá-las, - e isso, atribuía de forma clara e coesa para muitas, por serem acometidas muitas vezes a condecorações como esta, sarcasticamente -, mas isso se concretizava quando eu estava na minha vida a qualquer momento e não sei porquê foi diferente com Isobel? O amor alterou-se? A forma como amar se manifesta diferentemente para cada pessoa? E por que diferentemente, se com todas eram a mesma coisa, não havia vergonha nem nada? Mas eis que descubro a essência fundamental das coisas. É amor que sinto pela Isobel, coisa de abrupto. Coisa que nunca senti antes, tudo é possível quando se tem a vertente de um começo de alguma coisa. Se nunca tive o amor, foi-me dado um dia em que o tive e o tenho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

De tanto ver preconceito.

Não posso deixar de mencionar a questão do preconceito. De que adianta haver tantos na nossa Era? Uma modernização e ao mesmo tempo uma padronização na estaticidade do arcaico. Por que de um lado muitos aderem a tecnológia, aos modos de encarar a vida, numa forma mais adequada e até mais inteligível, e essas mesmas pessoas não suportam determinadas condutas - o que para mim, chamam-se culturas diversas. E ficam subestimando àqueles que, por haver tanto preconceito, tornam-se minorias. A igualdade fisiológica, biológica e etc não é suficiente para as pessoas? Eu queria saber ao certo, até que ponto, é necessário para que haja a integração entre as pessoas. E mesmo àquelas que dizem que não são preconceituosas com a diversidade das coisas, estão ocultando o que de princípio chama-se preconceito velado. Onde ao deparar-se com uma situação da qual ela não poderia negar a sua espeficidade, acaba fazendo o contrário, por estar inclusa num grupo seleto da sociedade, ou por àquele grupo possuir uma forma formal de interagir. É bem interessante o valor da mentira. A negação de certas ações ou ideologias era o que deveria termos em vista. Eu suponho que a vida continuará do mesmo jeito, contendo mentiras, irregularidades etc. Mas não vai poder continuar assim, sendo de uma forma clara e estúpida, a essa questão de preconceito. São eles, os preconceituosos, pobres de espírito e fracos no esplendor da felicidade. São, eles, problemáticos e irreais. Não conseguem enxergar além do seu nariz, por estar anexado ao seu rosto mesmo e também pela sua insuficiência de produtividade no nível abstrato de inteligência. São porcos e desvairados, com desígnios que não se pode cogitar, por sua flamula de desavenças. Que apareçam os intrépidos, impávidos para que dissipem essa ideologia enraizada na mentalidade brutal e desconexa desses seres susceptíveis a indignidade. E ao preconceito velado, que seja, mas que apareçam e assumam a sua circunstância. Que sejam destemidos e mostrem onde é que estão, por vezes, esses são mais perniciosos que os demais. E deixo a deleitar-se com as palavras, que elas façam um rebuliço no interior e exterior.

Quem sou eu

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Nasci em Recife, mas logo fui morar na cidade da Vitória de Santo Antão. Hoje, aqui, sinto que é uma particularidade íntima. Esse meu viver, minhas afinidades com essa cidade, transporta-me a outros mundos.''Sou a fusão do adulto maduro e o menino tenro''. ''Cogito ergo sum'' Escrevo desde os 16 anos e descobri na escrita um pedaço de mim, uma ânsia ardente e gostosa. Não reviso meus textos. Escrevo contos, romances, novelas etc.